O monóxido de carbono é um gás inodoro e insípido originado por
combustão incompleta, que se encontra presente, por exemplo, nos gases
emanados dos motores dos automóveis, no gás de carbono para acender o
lume, nos gases das cozinhas e esquentadores e no fumo do tabaco.
A intoxicação aguda por monóxido de carbono reside no facto de este gás,
depois de ser inalado, se fixar à hemoglobina do sangue e impedir o
transporte de oxigénio, provocando um quadro de asfixia. A afinidade do
monóxido de carbono com a hemoglobina é tão grande que a sua
concentração em apenas 0,1% do ar inspirado provoca uma intoxicação
grave, enquanto que caso se evidencie em concentrações superiores
provoca a morte do indivíduo afectado por asfixia. Felizmente, a fixação
do monóxido de carbono à hemoglobina é reversível, pois caso se consiga
separar o intoxicado do ambiente contaminado a tempo, pode-se obter a
sua recuperação.
As manifestações da intoxicação por inalação de monóxido de carbono
variam segundo as quantidades de gás absorvido. Nos casos moderados, o
intoxicado encontra-se débil e evidencia dor de cabeça e, por vezes,
vómitos, enquanto que nos casos mais graves fica inconsciente,
debilitado e respira com muita dificuldade. Por outro lado, a pele
adquire uma tonalidade rosada, muito intensa e característica, que
reflecte o tom vermelho vivo adoptado pela hemoglobina quando transporta
moléculas de monóxido de carbono.
Perante uma pessoa nestas condições e num ambiente fechado, deve-se
pensar numa eventual intoxicação aguda provocada por monóxido de
carbono. Caso se confirme a intoxicação, a primeira coisa a fazer é
retirar o indivíduo afectado do ambiente contaminado, realizar
respiração boca a boca, caso seja necessário, e chamar uma ambulância
para transportar o paciente para um centro de saúde (MEDIPÉDIA, 2013)
O tratamento
consiste essencialmente na utilização de um aparelho de respiração
assistida e na administração de oxigénio puro, o que proporciona, na
maioria dos casos, a recuperação do intoxicado. Todavia, por vezes,
sobretudo se a exposição ao monóxido de carbono tiver sido prolongada,
podem restar sequelas neurológicas (MEDIPÉDIA, 2013)
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