Algumas intoxicações exigem
o emprego imediato de determinados agentes específicos
e, alguns deles, possuem papel preponderante na fase de
reanimação do paciente, sendo denominados
de antídotos ou antagonistas reanimadores. Essas
substâncias, juntamente com outros medicamentos
habituais (adrenalina, bicarbonato, lidocaína,
glicose, etc), devem compor as caixas de primeiros socorros
utilizadas em emergências médicas.
Darei como exemplo nesta postagem a ATROPINA:
Inibe a ação da acetilcolina por competição
nos receptores muscarínicos. Sua administração
está indicada nas intoxicações por
anticolinesterásicos (agrotóxicos organofosforados
e carbamatos) e diante de manifestações
muscarínicas: miose, turvação visual,
sudorese, hipersecreção brônquica,
bradicardia (ou taquicardia), hiperperistaltismo e, eventualmente,
diarréia. Esta sintomatologia, em geral, precede
os sinais de comprometimento muscular (paresias, paralisias,
fasciculações) e, nos casos graves, estupor
e coma. As doses recomendadas são 1-4 mg/dose,
EV, em adultos e, 0,01-0,05 mg/Kg/dose, EV, em crianças.
Pode-se repetir a cada 15-30 minutos até que o
paciente apresente sinais de atropinização:
ressecamento de secreções e de mucosas e
aumento da freqüência cardíaca (superior
a 120 bpm). Alcançados esses parâmetros,
deve-se ajustar a dose para manutenção desses
efeitos. Seu uso deve ser suspenso gradualmente, sendo
restituído se reaparecerem os sinais colinérgicos
muscarínicos.
A atropina também está indicada
em casos de bloqueio de condução nas intoxicações
por digitálicos, betabloqueadores e antagonistas
de cálcio. O parâmetro clínico para
sua indicação é freqüência
cardíaca inferior a 40 bpm. devendo ser administrada
com cautela em pacientes idosos ou portadores de cardiopatia
isquêmica e arritmias prévias.
NAS PRÓXIMAS POSTAGENS FALAREI DE OUTROS ANTÍGENOS - ACOMPANHE NAS POSTAGENS ACIMA ^
Fonte: UFRJ - http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mIV.adm.htm
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