quinta-feira, 15 de julho de 2010

Manchas de Sangue

Crimes bárbaros infelizmente acontecem todos os dias. Muitos se impressionam, tanto no cinema como na vida real, quando vêem o sangue da vítima. Há quem até desmaie. Cenas de crime realizados com faca, arma de fogo e outras são muito traumatizantes. Mais o perito por mais estranho que possa parecer, está acostumado com isso, e é um dos seus objetivos na análise da cena do crime e achar evidência de sangue. E as técnicas de investigação com recursos científicos remontam ao século I, quando o romano Quintiliano descobriu que um homem assassinou a própria mãe depois de analisar vestígios de sangue nas mãos do culpado.
De lá pra cá os avanços no conhecimento científico deram suporte as investigações das mais diversas evidências.


Existem situações em que a mancha de sangue é evidente. Localiza-se, por exemplo, próximo ao corpo alvejado por um disparo de arma de fogo. Contudo, há casos em que a mancha não é explicita. Existe a possibilidade, também, de que o criminoso limpe a cena do crime.

Como o sangue permeia todo o nosso corpo, quando ocorrem avarias ele tende a sair. A forma como este sai depende de como a lesão foi produzida. Nas figuras abaixo, vou tentar explicar os tipos de manchas de sangue:



Analisando as manchas: da esquerda para a direta, a primeira mancha representa a forma gotejada, a segunda mancha está na forma transferida.
O estudo das manchas de sangue para fins forenses é feito pela serologia.
Na cena do crime nem sempre a mancha de sangue é perceptível. Alguem poderia, por exemplo, limpar o local, afim de encobrir o acontecido, porém para sorte nossa e dos peritos, o luminol reage com quantidades diminutas de sangue, sua luminosidade pode chegar aos impressionantes 1/1.000.000.000, mesmo em locais com azulejo, pisos cerâmicos ou de madeira, os quais tenham sido lavados. A eficássia do produto é tão grande que é possível a detecção de sangue mesmo que já tenham se passado seis anos da ocorrência do crime. A reação química produzida não afeta a cadeia de DNA, permitindo o reconhecimento dos criminosos ou da vítima. Por isso ele é recomendado para os lugares onde há suspeita de homicídio e superfícies que, aparentemente, não exibem manchas de sangue.


CHEMELLO,E. Química Virtual, janeiro (2007)

Nenhum comentário:

Postar um comentário