quinta-feira, 14 de julho de 2011

Conheça a Psiquiatria Forense



É um ramo da medicina legal que se propõe esclarecer os casos em que alguma pessoa, pelo estado especial de sua saúde mental, necessita consideração particular perante a lei.
A perícia psiquiatra se divide em: direta e indireta, e abrange o direto penal, direito civil, direto do trabalho, direito militar, direito administrativo, direito canônico e criminologia.

Direito Penal
Verificação da capacidade de imputação nos incidentes de insanidade mental.
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Verificação da capacidade de imputação nos incidentes de farmacodependência.
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Exames de cessação de periculosidade nos sentenciados à medida de segurança.
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Avaliação de transtornos mentais em casos de lesões corporais e crimes sexuais.


Direito Civil :
Avaliação da capacidade de reger sua pessoa e administrar seus bens.

Perícia nas ações de interdição de direitos.

Perícia nas ações de anulação de atos jurídicos.

Avaliação da capacidade de testar.

Anulações de casamentos e separações judiciais litigiosas.

Perícia em ações de modificação de guarda de filhos.

Avaliação da capacidade de receber citação judicial.

Avaliação de transtornos mentais em ações de indenização.

Direito Do Trabalho :
Avaliação da capacidade laborativa nos acidentes do trabalho tipo com manifestações psiquiátricas.

Avaliação da capacidade laborativa nas doenças profissionais com manifestações psiquiátricas.

Avaliação da capacidade laborativa nas doenças decorrentes das condições do trabalho com manifestações psiquiátricas.


Direito Administrativo :
Avaliação psiquiátrica em faltas cometidas contra a administração pública ou privada.
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Avaliação psiquiátrica para concessão de licença para tratamento de saúde ou aposentadoria por doença mental.

Direito Militar :
Reconhecimento prévio das pessoas incapazes de ingressar as forças armadas por alterações psiquiátricas.

As reformas por doenças mentais.

A perícia psiquiátrica nos crimes militares.

Direito Canônico :
Avaliação da capacidade de contrair matrimônio ou receber sacramentos.

Criminologia :
O psiquiatra como parte integrante da equipe multidisciplinar nos exames criminológicos previstos na lei de execução penal.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Implementação do banco de dados de DNA da Polícia Federal


Um banco de dados de DNA é necessário para confrontar o material genético de suspeitos de crimes com o de vítimas para ampliar a elucidação de crimes. Com base nas informações publicadas no site da Associação Nacional de Peritos Federais, nesta terça feira (5) realizou-se uma coletiva de imprensa no Senado Federal, com o objetivo de apresentar à imprensa o Projeto de Lei nº 93/11 e sensibilizar o poder público para aprovação da legislação sobre o banco de dados de DNA.

O banco de dados de DNA seria uma conquista significativa para a sociedade, pois implicaria na rápida elucidação de crimes.

Na entrevista a rádio Câmara o Dr. Hélio Buchmuller, afirmou, que se o Brasil tivesse um banco de dados do DNA de criminosos condenados, casos como o do ''Maníaco de Contagem'' seriam evitados.

Um perito de Nova York, Joseph Blozis (consultor do CSI), está no Brasil para participar de um simpósio sobre a série. Ele afirmou estar surpreso de forma positiva, da forma como abordamos crimes, e falou das diversas semelhanças entre peritos do Brasil e do EUA.

"E o que eu espero que ocorra aqui é que a análise de DNA se torne uma ferramenta fundamental para a perícia criminal. O DNA é o pilar para análises de cenas de crime", disse ele.

Eu também acredito que o Brasil está caminhando para conseguir o banco de dados, não somente de impressões digitais, mais de DNA de condenados e suspeitos, totalmente informatizado, que implicará não somente na condenação mais também na inocentação de acusados.

Se isso se tornar realidade no nosso país, facilitará muito o trabalho dos nossos peritos e aumentará a confiança de familiares de vítimas e vítimas na justiça brasileira. E isso pode crer que é muito importante e compensador para nós peritos e futuros peritos.

De qualquer forma, o importante é que o CODIS está muito próximo da nossa realidade. Assim espero.

Raquel Moreira

terça-feira, 12 de julho de 2011

Um cabelo permite identificação vítimas de homicídio


Um só cabelo é suficiente para reconstituir os movimentos de uma pessoa nos Estados Unidos, graças a um novo teste que poderá permitir à polícia verificar os álibis ou identificar as vítimas de homicídios, revela um estudo.
Com a ajuda de simples amostras de água da torneira e restos de cabelos recolhidos nos cabeleireiros de todo o país, investigadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, conseguiram pôr em evidência diferentes químicos, suficientemente significativos para servir de marcadores geográficos.
O estudo, publicado esta semana revela que 85 % das variações de isótopos de hidrogênio e oxigênio nos cabelos de uma pessoa se devem a diferentes composições da água potável. Um só fio de cabelo pode, por exemplo, permitir a determinação do lugar onde se encontrava uma pessoa há semanas, e mesmo anos, consoante o comprimento do cabelo e o tempo em que caiu.
A equipa de investigadores, liderada pelo geoquímico Thure Cerling, elaborou um mapa com diferentes rácios de isótopos de hidrogénio e oxigénio presentes nos cabelos, que, apesar de não permitirem determinar com precisão lugares, possibilitam identificar diferentes áreas geográficas.
A técnica poderá também ser utilizada pelos médicos para determinar os sintomas associados ao agravamento de doenças alimentares ou pelos antropólogos e arqueólogos que procuram reconstituir as migrações das populações ou animais desaparecidos, segundo os cientistas.

domingo, 10 de julho de 2011

CURIOSIDADE: Ácido que enlouqueceu os pássaros de Hitchcock



Numa madrugada de Agosto de 1961, a pacata localidade costeira de Capitola na Califórnia foi surpreendida por uma cena que parecia saída do livro «Os pássaros» de Daphne du Maurier, que vira a luz do prelo nove anos antes.
Centenas de aves marinhas invadiram o local e atacaram os habitantes num episódio bizarro que fascinou Alfred Hitchcock, veraneante frequente na vizinha Santa Cruz.
Hitchcock recolheu as notícias que fizeram as manchetes dos jornais locais numa proposta ao seu estúdio para um filme que apareceria nos cinemas dois anos depois. (Como nota de curiosidade, refere-se que está prevista para 3 de Julho de 2009 a estreia de um remake do filme).
Na altura, o nevoeiro cerrado que teria confundido os pássaros e os induzira a procurar as luzes da cidade foi a única explicação encontrada para o incidente, que não explicava o comportamento insano das pardelas negras, pássaros habitualmente pacíficos.
Uma explicação para o que de facto acontecera naquela manhã de 18 de Agosto de 1961 só foi possível em 1987 depois de detectives químicos (e biólogos) terem entrado em acção para descobrir o que causara a intoxicação de mais de uma centena de pessoas de Prince Edward Island no Canadá.
Esta era uma intoxicação alimentar pouco comum: aos sintomas iniciais somavam-se dores de cabeça incapacitantes a que se seguiu confusão, perda de memória, desorientação e, em casos extremos, tremores e coma.
Algumas das pessoas afetadas exibiam volatilidade emocional com manifestações de agressividade ou choro descontrolado. Três das vítimas faleceram e outras sofreram danos neurológicos irreversíveis.
Uma vez que a perda de memória era o traço comum a muitas vítimas, a condição foi designada intoxicação amnésica (amnesic shellfish poisoning, ASP).Epidemiologistas da Health Canada rapidamente identificaram o culpado macroscópico pela doença: mexilhões recolhidos de uma area específica da ilha nunca antes atingida por problemas análogos nem onde antes se detectaram florescências de algas.
Ensaios com ratos causaram a morte com sintomas neurotóxicos nunca antes vistos e muito diferentes dos encontrados com outras toxinas de origem marinha.
Tratava-se de algo completamente novo que desafiou os cientistas que não sabiam a que composto tóxico atribuir estes sintomas completamente novos.
O mistério começou a ser desvendado no dia 12 de Dezembro de 1987, quando uma equipe de biólogos marinhos e químicos foi reunida pelo Department of Fisheries and Oceans (DFO) do Canadá no laboratório em Halifax, Nova Scotia, do Conselho Nacional de Investigação Científica do Canadá.
O principal composto implicado na intoxicação do tipo amnésico (ASP), o ácido domóico (DA), foi encontrado após um estudo exaustivo em apenas 4 dias!
A tarefa desta equipe foi mais complicada que encontrar a proverbial agulha num palheiro e constitui uma verdadeira proeza química dada a enorme quantidade de compostos presente nos mexilhões e o fato de os investigadores não terem a mínima ideia de qual a estrutura do culpado pela intoxicação.
Esta epopéia química, contada em detalhe em vários artigos científicos, assentou no fracionamento de extratos dos mexilhões e seu teste em ratos até se encontrar o vilão.
O ácido domóico funciona como um cavalo de Tróia molecular.
Os neurônios confundem este aminoácido com o seu parente ácido glutâmico, ou antes, confundem as formas básicas de ambos.
O glutamato é um neurotransmissor excitatório que se pensa esteja envolvido em funções cognitivas como a aprendizagem e a memória.
As membranas dos neurónios e da glia possuem transportadores de glutamato que retiram rapidamente este aminoácido do espaço extracelular já que o seu excesso é altamente tóxico para os neurónios.
A acumulação de glutamato no espaço extracelular provoca a entrada de iões cálcio (Ca2+) nas células originando danos neuronais e eventualmente morte celular (apoptose)num processo conhecido por excitotoxicidade.
De facto, elevadas concentrações de glutamato funcionam como uma excitotoxina - excitam os neurônios até à morte num processo em cascata que estimula células vizinhas.
A estrutura mais rígida do DA faz com se ligue mais fortemente aos receptores de glutamato. Como resultado, o poder excitatório do domoato é entre 30 a 100 vezes maior que o do glutamato.
Alguns cientistas consideravam na altura que o ácido domóico, isolado em 1958 a partir de uma alga vermelha, doumoi ou hanayanagi, usada como tratamento tradicional para combater parasitas intestinais no Japão, não poderia ser o culpado pelo ASP já que não existiam na literatura nenhumas indicações de toxicidade da alga ou de extractos da alga.
Mas os extractos utilizados como remédios contêm no máximo 20 mg de ácido domóico enquanto algumas das vítimas do episódio de 1987 consumiram cerca de 290 mg de DA acumulado nos bivalves que se alimentaram de diatomáceas Pseudonitschia.
Desde 1987 que a análise de ácido domóico em marisco e peixe comerciais é um procedimento habitual e não há registos de mais intoxicações amnésicas.
Mas embora sem repercussões na saúde humana, os blooms regulares destas algas microscópicas que têm ocorrido nos últimos anos acarretam consequências trágicas na fauna marinha, nomeadamente da costa californiana, afectando leões marinhos, golfinhos, baleias e pelicanos, entre outros.
As dimensões que este problema começa a assumir e o fato de a bioacumulação de toxinas produzidas pelo fitoplâncton não se restringir ao ácido domóico, tornam premente que todos nos apercebamos quão vulneráveis estamos se não fizermos algo para salvar os nossos oceanos.

CURIOSIDADE: A mais antiga autópsia americana


A mais antiga autópsia realizada no continente norte-americano foi executada há mais de 400 anos por colonos franceses desesperados para descobrir o que os estava matando, durante um inverno rigoroso na Ilha St. Croix.
Uma equipe de antropólogos forenses dos EUA e do Canadá confirma que o crânio de um homem, sepultado na ilha entre 1604 e 1605, mostra evidências de ter sofrido autópsia.
O crânio em questão foi descoberto durante escavações realizadas pelo Serviço de Parques Nacionais, em junho de 2003. O alto do crânio havia sido removido, expondo o cérebro; a tampa do crânio foi recolocada antes do sepultamento.
“Este é o mesmo procedimento usado nas autópsias atuais”, disse Thomas Crist, que liderou a equipe responsável pelo estudo. A descoberta bate certo com antigos manuscritos onde está escrito que o cirurgião-barbeiro ordenou a abertura de diversos homens, para determinar a causa de suas doenças.
Cientistas usando técnicas modernas concluíram que a colônia foi dizimada pelo escorbuto, doença causada pela falta de vitamina C.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Perícia investiga ataque de Hackers nos sites do Governo Federal


Semana passada foi publicado no site de notícias TERRA, que peritos da Polícia Federal definiram estratégias para investigar invasões por "hackers".

Depois da ação dos 'HACKERS' nos sites do Governo Federal, a perícia busca estratégias para conduzir a investigação e minimizar os riscos de novos ataques.

Além de tentar identificar o (os) autor (es) do ataque, a PF buscará descobrir se houve falhas no sistema invadido.


BIBLIOTECA DE INTOXICAÇÕES (parte 3)

NÍQUEL
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O níquel (Ni) em quantidades pequenas
tem sido classificado como um elemento importante ao desenvolvimento. Em doses elevadas é tóxico podendo causar: 1 irritação gastro intestinal com náuseas, vômitos e diminuição do apetite; 2. alterações neurológicas: dor de cabeça, vertigem; alterações musculares: fraqueza muscular; 3. alterações cardíacas: palpitações; 4.

alergia: dermatite, rinite crônica, asma e outros estados alérgicos. O níquel inibe a ação da enzima superóxido dismutase que

participa no processo de metabolização
dos radicais livres. O excesso de níquel pode chegar a ter conseqüências graves como necrose e carcinoma do fígado e câncer de pulmão.
Fontes de contaminação:
•alimentos: chocolate, gordura hidrogenada,
nozes, feijão, ervilha seca e cereais;
•cigarro: cada cigarro contém de 2 a 6 m g de níquel (As pessoas que fumam ou convivem com a fumaça do cigarro geralmente apresentam taxas aumentadas de Ni.);
•baterias de níquel e cadmium;
•petróleo e indústrias petroquímicas;
•processos metalúrgicos de refinamento de Ni;
•panelas de inox podem liberar Ni durante o cozimento de alimentos ácidos como o tomate.
Tratamento:eliminação da fonte de contaminação, aumento da ingesta de fibras e suplementação com selênio, zinco, L-cisteina, D,L metioninae terapia anti-oxidante.


SELÊNIO
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O selênio (Se) é um mineral essencial ao funcionamento do nosso organismo. Porém, quando muito aumentado causa intoxicação. O selênio é um mineral tóxico quando em excesso. Nos casos de intoxicação aguda ele causa queda de cabelo, unhas fracas, dermatite, quadro pulmonar e lesão do sistema nervoso central. Na intoxicação aguda o selênio causa: náuseas, diarréia, irritabilidade, fadiga, neuropatia periférica, queda de cabelo e unhas fracas. Tanto na intoxicação aguda quanto na crônica temos o hálito de alho.



LÍTIO
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O lítio (Li) é um mineral essencial ao funcionamento do nosso organismo. Porém, quando muito aumentado causa intoxicação. A intoxicação por lítio na grande maioria das vezes ocorre devido ao tratamento medicamentoso a base de lítio. Existe uma associação entre hipotireoidismo e a utilização de doses excessivas e prolongadas de lítio.







MOLIBDÊNIO
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O molibdênio (Mo) é um mineral essencial ao funcionamento do nosso organismo. Porém, quando muito aumentado causa intoxicação. A intoxicação por molibdênio é rara. O aumento de molibdênio no organismo pode causar elevação do ácido úrico. Reservas corpóreas elevadas de molibdênio podem causar uma deficiência de cobre.

FÓSFORO
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O fósforo (P) é um mineral essencial ao funcionamento do nosso organismo. Porém, quando muito aumentado causa intoxicação. A utilização em grande escala de adubos fosfatados tem ocasionado um aumento considerável dos teores de fósforo dos alimentos provenientes da agricultura. O fósforo aumentado pode trazer conseqüências negativas para a formação óssea, pois o excesso de fósforo tende a deslocar o cálcio dos ossos, além de competir pela absorção. O fósforo também compete com o zinco, magnésio e manganês. O consumo infantil de mais de 1 litro de refrigerante por semana é suficiente para diminuir a densidade de Ca dos ossos. Alimentação: não consumir refrigerantes principalmente do tipo cola.