Trata-se de um inibidor competitivo altamente específico
dos receptores dos benzodiazepínicos no SNC e,
portanto, capaz de reverter o coma induzido por esses
compostos. Como já mencionado, é útil
não apenas na etapa de diagnóstico (por
sua especificidade de ação), mas também
como substância reanimadora. A administração
rotineira a pacientes comatosos, com suspeita de intoxicação
benzodiazepínica, pode precipitar convulsões
e piorar a evolução clínica de pacientes
intoxicados. Seu emprego é formalmente contra-indicado
em pacientes em uso crônico de benzodiazepínicos
ou que apresentam convulsões (mesmo febris) ou
mioclonias e naqueles em que há confirmação
ou suspeita de coingestão de outras drogas que
possuem baixo limiar para convulsão (antidepressivos
tricíclicos, lítio, cocaína, isoniazida,
inibidores da MAO, etc.). Nesses casos, recomenda-se a
realização de eletrocardiograma antes da
administração de flumazenil para verificar
possíveis anormalidades usualmente encontradas
nas intoxicações por antidepressivos tricíclicos,
como taquicardia sinusal e prolongamento do intervalo
QRS. A dose para adultos, por via EV, é de 0,2-0,3mg,
durante 30 segundos e, repetindo-se a cada minuto, até
se obter o nível de consciência desejado,
até um total de 3 mg. Em crianças, recomenda-se
o uso de 0,01mg/Kg, repetindo-se minuto a minuto, até
dose máxima de 1mg. O flumazenil tem curta duração
de ação, variando de 20 a 40 minutos.
NAS PRÓXIMAS POSTAGENS FALAREI DE OUTROS ANTÍGENOS - ACOMPANHE NAS POSTAGENS ACIMA ^
Fonte: UFRJ - http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mIV.adm.htm
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