segunda-feira, 29 de abril de 2013
domingo, 28 de abril de 2013
sábado, 27 de abril de 2013
Antígenos e Antídotos indicados precocemente II - FLUMAZENIL
Trata-se de um inibidor competitivo altamente específico
dos receptores dos benzodiazepínicos no SNC e,
portanto, capaz de reverter o coma induzido por esses
compostos. Como já mencionado, é útil
não apenas na etapa de diagnóstico (por
sua especificidade de ação), mas também
como substância reanimadora. A administração
rotineira a pacientes comatosos, com suspeita de intoxicação
benzodiazepínica, pode precipitar convulsões
e piorar a evolução clínica de pacientes
intoxicados. Seu emprego é formalmente contra-indicado
em pacientes em uso crônico de benzodiazepínicos
ou que apresentam convulsões (mesmo febris) ou
mioclonias e naqueles em que há confirmação
ou suspeita de coingestão de outras drogas que
possuem baixo limiar para convulsão (antidepressivos
tricíclicos, lítio, cocaína, isoniazida,
inibidores da MAO, etc.). Nesses casos, recomenda-se a
realização de eletrocardiograma antes da
administração de flumazenil para verificar
possíveis anormalidades usualmente encontradas
nas intoxicações por antidepressivos tricíclicos,
como taquicardia sinusal e prolongamento do intervalo
QRS. A dose para adultos, por via EV, é de 0,2-0,3mg,
durante 30 segundos e, repetindo-se a cada minuto, até
se obter o nível de consciência desejado,
até um total de 3 mg. Em crianças, recomenda-se
o uso de 0,01mg/Kg, repetindo-se minuto a minuto, até
dose máxima de 1mg. O flumazenil tem curta duração
de ação, variando de 20 a 40 minutos.
NAS PRÓXIMAS POSTAGENS FALAREI DE OUTROS ANTÍGENOS - ACOMPANHE NAS POSTAGENS ACIMA ^
Fonte: UFRJ - http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mIV.adm.htm
Antígenos e Antídotos indicados precocemente I - ATROPINA
Algumas intoxicações exigem
o emprego imediato de determinados agentes específicos
e, alguns deles, possuem papel preponderante na fase de
reanimação do paciente, sendo denominados
de antídotos ou antagonistas reanimadores. Essas
substâncias, juntamente com outros medicamentos
habituais (adrenalina, bicarbonato, lidocaína,
glicose, etc), devem compor as caixas de primeiros socorros
utilizadas em emergências médicas.
Darei como exemplo nesta postagem a ATROPINA:
Inibe a ação da acetilcolina por competição
nos receptores muscarínicos. Sua administração
está indicada nas intoxicações por
anticolinesterásicos (agrotóxicos organofosforados
e carbamatos) e diante de manifestações
muscarínicas: miose, turvação visual,
sudorese, hipersecreção brônquica,
bradicardia (ou taquicardia), hiperperistaltismo e, eventualmente,
diarréia. Esta sintomatologia, em geral, precede
os sinais de comprometimento muscular (paresias, paralisias,
fasciculações) e, nos casos graves, estupor
e coma. As doses recomendadas são 1-4 mg/dose,
EV, em adultos e, 0,01-0,05 mg/Kg/dose, EV, em crianças.
Pode-se repetir a cada 15-30 minutos até que o
paciente apresente sinais de atropinização:
ressecamento de secreções e de mucosas e
aumento da freqüência cardíaca (superior
a 120 bpm). Alcançados esses parâmetros,
deve-se ajustar a dose para manutenção desses
efeitos. Seu uso deve ser suspenso gradualmente, sendo
restituído se reaparecerem os sinais colinérgicos
muscarínicos.
A atropina também está indicada
em casos de bloqueio de condução nas intoxicações
por digitálicos, betabloqueadores e antagonistas
de cálcio. O parâmetro clínico para
sua indicação é freqüência
cardíaca inferior a 40 bpm. devendo ser administrada
com cautela em pacientes idosos ou portadores de cardiopatia
isquêmica e arritmias prévias.
NAS PRÓXIMAS POSTAGENS FALAREI DE OUTROS ANTÍGENOS - ACOMPANHE NAS POSTAGENS ACIMA ^
Fonte: UFRJ - http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mIV.adm.htm
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