sábado, 14 de maio de 2011

BIBLIOTECA DE INTOXICAÇÕES (2)

COBRE
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O cobre (Cu)) é um mineral essencial ao funcionamento do nosso organismo. Porém, quando aumentado causa intoxicação. A intoxicação por cobre pode pode ocorrer devido a contaminação de cobre na água, absorção através da pele e níveis insuficientes de elementos que competem com o cobre nos locais de absorção intestinal como o zinco e o molibdênio. Na deficiência de zinco, geralmente o cobre encontra-se aumentado. O cobre pode estar aumentado devido ao uso de contraceptivos orais ou ao uso de Dispositivo Intra Uterino com fio de cobre.
Como o cobre deposita-se preferencialmente no cérebro e no fígado os sintomas encontrados são inicialmente decorrentes do comprometimento destes dois órgãos. Sintomas do
excesso de cobre ligados as alterações cerebrais incluem: distúrbios emocionais, depressão, nervosismo e irritabilidade, sintomas semelhantes aos do mal de Parkinson e alterações semelhantes a esquizofrenia e a outros distúrbios psiquiátricos. Outras alterações ligadas ao excesso de cobre: fadiga, dores musculares e nas juntas, anemia hemolítica, queda de vitamina A, necrose hepática, icterícia e lesão renal. Além disso, o aumento de cobre está associado ao aumento de radicais livres.

CROMO
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O cromo (Cr) é um mineral essencial ao funcionamento do nosso organismo. Porém, quando muito aumentado causa intoxicação. A intoxicação de cromo devido a contaminação alimentar é rara. A intoxicação industrial por cromo causa dermatites alérgicas, úlceras na pele e carcinomas. As taxas elevadas de cromo são associadas a lesões vasculares com aumento dos quadros de hemorragias e tromboses cerebrais.






MANGANÊS

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O manganês (Mn) é um mineral essencial ao funcionamento do nosso organismo. Porém, quando muito aumentado causa intoxicação. As causas mais comuns de intoxicação por Mn são devidas a inalação em industrias e minas. Existem relatos de intoxicação devida a ingesta de água contaminada por períodos muito prolongados. A intoxicação por Mn é responsável por anorexia, fraqueza, apatia, insônia e outras perturbações do sono, excitabilidade mental, comportamento alterado, dores musculares, quadro neurológico (tremores simulando o mal de Parkinson) e distúrbios psicológicos: a "loucura mangânica", caracterizada por comportamento violento associado a períodos de mania e depressão.

MERCÚRIO
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O mercúrio (Hg) é tóxico para os seres humanos e animais. O mineralograma capilar é um indicador preciso dos níveis de mercúrio no organismo.
O mercúrio elementar é a mais volátil das formas inorg

ânicas do metal. Os vapores de mercúrio podem ser liberados a partir das restaurações dentárias de amálgama. O mercúrio é utilizado na indústria eletrônica, fabricação de plásticos, termômetros, fungicidas e germicidas. Estima-se que, no Brasil, aproximadamente 100 toneladas por ano de mercúrio sejam lançadas pelo garimpo na região centro-oeste causando uma con­taminação ambiental importante. Além disso, várias contaminações acidentais de rios tem sido notificadas a partir dos anos 70: enseada dos Tainheiros na Bahia, rio Botafogo em Pernambuco e rio Mogi-Guaçu em São Paulo. Os peixes das regiões con­taminadas apresentam teores altos de mercúrio
A exposição crônica ao mercúrio causa sintomas gastro intestinais (dor abdominal, gosto metálico na boca, digestão difícil, salivação abundante, náuseas, cólicas intestinais, gengivite), sintomas neurológicos (falta de memória, cefaléia, formigamentos, insônia, tremores, sonolência, alteração da grafia, cãibras, gritos noturnos, alteração do equilíbrio, tontura, vertigem e dificuldade escolar), alterações emocionais (nervosismo, irritabilidade, distúrbios de memória, tristeza, diminuição da atenção, depressão, agressivi­dade, insegurança e medo) e irritação nos olhos, fraqueza muscular, espasmos musculares, borramento visual, zumbido, irritação nasal e diminuição da acuidade visual e auditiva.
Durante a gestação o mercúrio materno passa a barreira placentária causando contaminação do feto.
Tem sido verificada uma considerável variação na sensibilidade de cada indivíduo ao mercúrio. Após o uso de amálgamas dentários, níveis tóxicos de mercúrio podem ser observados por 6 meses a 1ano acompanhados algumas vezes de irritabilidade ou dores de cabeça. Sintomas clínicos mais graves só têm sido raramente relatados nesta circunstância.
Mesmo em quantidades baixas, o mercúrio afeta a atividade biológica do selênio, chegando mesmo a suprimi-la.

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